domingo, outubro 29, 2006

Referendos

No que diz respeito ao referendo sobre o aborto, sou claramente pelo SIM. Despenalização é uma coisa, liberalização é outra. Entre muitas outras questões morais que se colocam nesta questão, destaco as seguintes: deverá ser uma mulher violada obrigada a conviver, para o resto da sua vida, com a recordação de acto tão aviltante? Não deverá ter o direito de escolha? Deverá ser uma criança de 13 anos punida e ser obrigada a ser mãe prematuramente (muito por culpa dos progenitores que, por falta de conhecimento ou por falta de coragem não lhe contaram a estória das "abelhinhas")? Enfim, daria "pano para mangas". O que eu gostaria era que, "simultaneamente ao mesmo tempo" se referendasse a questão da Madeira. Os madeirenses que me desculpem, mas também era pelo sim. Entregue-se a Madeira a esse dito cujo governante que insulta a inteligência do povo do "contnente". Não lhe chega ter o IVA a 14% (nós temos a 21%) isto à taxa normal - nas outras também são muito mais baixas. Vive num paraíso fiscal. Dá-se ao luxo de se "marimbar" para as metas governamentais nacionais e europeias no que diz respeito ao endividamento público. Entre outros (muitos) dislates e arrogância. Enquanto por cá se aperta o cinto, por lá o "caramelo" dá-se ao luxo de falar em "engenharia financeira". Que o faça, mas não com os nossos impostos... Peça a independência porque se for a referendo, voto SIM. (O Povo Madeirense que me perdoe...)

5 comentários:

Cristina disse...

Não estou a par com o que se passa na madeira, mas sou a favor do aborto tal e qual pelas razões que mencionaste no post!
Um beijinhu e uma boa semana para ti
:)

Unknown disse...

Bem eu apenas sou a favor da vergonha que é penalizar apenas as mulheres. Sou a favor do fim da hipocrisia neste país. Uma grande maioria conhece o valor da vida e não é isso que está, a meu ver, em causa, apesar de muitos para ai quererem arrastar a discussão para esse campo. Apenas querem fechar os olhos da realidade e quanto a isso estamos falados e de acordo. SOU A FAVOR DA DESPENALIZAÇÂO DESTE ACTO E NAS MEDIDAS PREVISTAS PELA LEI.

Unknown disse...

Independentemente de ser a favor ou contra o aborto queria dizer-lhe que o aborto já é legal quando a gravidez representa risco para a vida da mulher ou para a sua saúde física, no caso de malformação fetal ou quando a gravidez resulta de violação.
Eu sou a favor de uma forte política de informação sexual à população pois temo que mais tarde se irá utilizar o aborto como forma de contracepção como o que já está acontecendo com a pílula abortiva que foi legalizada recentemente em Portugal.
A sensação que tenho é que com a aprovação da lei, quem vai ganhar com isto não são as mulheres que necessitam de abortar, elas apenas são marionetas, quem ganha com isto são as clínicas abortivas que irão aparecer em Portugal.
Sinceramente, preferia que o dinheiro que pago em impostos fosse para ajudar quem quer ter filhos e não consegue do que quem quer ver-se livre deles...
para finalizar que isto já vai longo, não concordo com a pergunta uma vez que não faz qualquer alusão ao pai pelo que parece-me descriminatória sexualmente. E se o pai quiser que a criança nasça? o pai não tem voto na matéria se quer ou não o filho??? Acho que a decisão deveria ser dos dois, pelo que na pergunta não deveria constar o "por opção da mulher".
bom fim de semana

Cohiba_ disse...

Olá Cristina. Opiniões são o que são. Valem o que valem. E limito-me apenas à minha opinião, respeitando as outras. Quanto à questão do Pai, sim acho que tem opinião (afinal de contas também sou Pai de um e não de 2 apenas por motivos de aborto espontâneo). Criei o um, sózinho, desde os seus 13 anos (ainda dizem mal dos Pais) mas, quanto a mim, a última palavra é da mulher (afinal, é ela "que dá o corpo ao manifesto"). A nossa Lei prevê, sim senhora, algumas nuances na questão do aborto. É, na minha modesta opinião, muito omissa em algumas (muitas) situações concretas. Para além de que não vamos tapar o sol com a peneira: eles fazem-se em condições desumanas em Portugal (e mais caros). Muitas mulheres portuguesas fazem-no em Espanha (mais barato e com melhores condições) - segundo uma reportagem na TV em Portugal um aborto clandestino vai aos 1.200 € dinheiro na mão, em Espanha é o custo da viagem mais a anestesia geral (cerca de 400 €). Não falo em abortar só porque apetece. Repito: acho que a Lei portuguesa tem muitas lacunas e, nestas circunstâncias, não tarda teremos as prisões cheias de mulheres... que abortaram.
P.S. - Sem esquecer que, para os Católicos Apostólicos Romanos (e não só) é "pecado" a utilização de anti-concepcionais e, neste conceito, faz-se o quê? Permite-se que um casal, que não tem condições para se sustentar, tenha uma prole de 5, 6, 7 .... filhos? Para quê? Morrerem com 4 meses, 5 meses, 1 ano, 5 anos por subnutrição, falta de cuidados médicos e/ou abandono?. Talvez seja menos grave enquanto fetos. E nem vale equacionar que essas crianças deveriam ser acolhidas pelo Estado, pelas IPSS, outras. É ver o caso de África. Apenas um excerto da minha opinião. Que é a minha e, como disse, vale o que vale.
Um bom fim de semana.

Anónimo disse...

que rol vergonhoso de argumentos para justificar o crime de matar um embrião ou o fecto!
O que estes pobres diabos estão a fazer do aborto é um método anticocepcional.
Uma vergonha
Um crime
Esta cambada em vez de discutir a natalidade discute o aborto.
É um sociedade doente