quarta-feira, novembro 01, 2006

Greves, manifestações, contestações e outras formas de luta

De há uns tempos a esta parte que constato que os noticiários (Tv's, Rádios, Imprensa escrita, Out-doors, flyers) enfim, tudo o que estiver disponível como "forma de luta" é viável, faz sentido. Assim como faz sentido que a grande (mas mesmo grande) maioria dos profissionais liberais declarem ao Estado, como rendimento, pouco mais que o ordenado mínimo nacional (eu também acredito no Pai Natal), que tem mesmo que existir: os "desgraçados" ganham pouco menos que eu e o Pai Natal oferece-lhes Mercedes, BMW's, Ferrari's, vivendas com piscina e outras benesses. Já pensei, por várias vezes solicitar a certos "profissionais", que exercem "determinadas profissões" a morada do Pai Natal. Eu não queria grandes benesses - bastava que ele trocasse o meu velho "boguinhas" por um "utilitáriozito" jeitoso e que pelo menos, quando eu atingisse os 40 anos de trabalho e de descontos, me mandasse para a reforma sem penalizações, sem me obrigar a chegar aos 65 anos, conforme estipula a Lei. Porque, nesse sentido, serei obrigado, como funcionário do Estado a trabalhar e a descontar durante 50!!!! anos da minha vida. E antes que me esqueça, e para os que acham a função pública uma maravilha, troco o meu vencimento, ao fim de 31 anos de serviço, pelo ordenado de muitos dos privados ao fim de 15. E já d'agora, o funcionário público quando tem de se deslocar a algum lado, tem de apresentar declaração nos serviços: esteve presente nesta instituição das "tantas às tantas". Se os privados também exigissem declarações de cada vez que dizem aos seus empregados para ir tratar de assuntos a certos organismos públicos de certeza que grande parte não "perderia" uma manhã numa Câmara, numa Conservatória ou noutro serviço. Conheço alguns (vários) que para ele(a)s é Feriado quando o Patrão o(a)s manda a um serviço público: "Oh, Chefe, estes funcionários públicos são uma vergonha. Olhe que estive lá a manhã inteira" - pois, no Café com amigos, no paleio com a vizinha, aproveitando para ver daquele casaco/vestido que não se encontra em lado nenhum. Neste sentido, chegou a minha vez, como super-beneficiado-previligiado, com estatuto muito especial e rendimentos de nível superior, exigir que a todos os quadros, que a todas a profissões seja aplicado o mesmo regime: 1,5% de aumento de ordenado (já estamos em vantagem porque há já vários anos que conseguimos um regime de excepção na atribuição desta benesse) e sem hipótese de fuga fiscal. Em contrapartida apenas exigo saber a morada do Pai Natal (embora não rejeite uma cunha) para que ele troque, pelo menos, o meu "boguinhas" por qualquer coisita melhor. Atenção, não aceito um "papa-reformas". O Estado chegou primeiro.

5 comentários:

Unknown disse...

Em grande, sim senhor! Adorei a do papa reformas, hehe. Infelizmente esta profissional liberal também não sabe a morada do Pai Natal.

Jorge Ortolá disse...

Aguenta-te com o "boguinhas", pois seria pior se andasses de "papa-reformas".

Aquele abraço

Jorge Ortolá disse...

Olá amigo,

Deixo-te um novo desafiu no meu sitio
abraço

Anónimo disse...

http://cidadaoscontrasgreves.blogspot.com

Anónimo disse...

Pode muito bem ser que estejas mais perto da privado do que aquilo que pensas.
Esperto como és muito provavelmente serás dos primeiros a ir psra a "mobilidade" . Ficas a um passo de ires buscar os chorudos ordenados da privada.
15 anos = 31, na tua óptica.
Curiosamente nunca houve tantas manifestações, marchas, contestações, greves...
Magistrados, funcionários judicias, médicos, enfermeiros, pessoal da saúde, professores, pessoal auxiliar e administrativo, polícias, geneerres, serviço de estrangeiros, maquinistas, ferroviários, reformados, desempregados, estudantes...
Nunca se viu uma procissão asssim...
Até a UGT reclama, calculem!