sexta-feira, junho 30, 2006

Será

que amanhã, mais uma vez, vamos esquecer os tempos difíceis e, novamente, falar apenas em futebolês? Já não seria mau de todo. Perante a lamentável carência de alimento para o corpo que não nos falte o alimento da alma. Nada resolve, mas anima. Lamentavelmente.

quarta-feira, junho 28, 2006

E vão quatro


Quatro longos meses. E ainda lá está. Abriu a bolsa de apostas. E, como primeiro apostador, acho que veio a "banhos" e que só sai de lá quando acabar a época balnear. Será?

segunda-feira, junho 26, 2006

Agradecimento

Recebi, nos últimos dias, os votos de boas vindas à blogosfera que agradeci, julgo eu, a todos - se falhei algum, aqui fica o meu muito obrigado. Como disse Avessada: todos somos poucos. Como costumo dizer, se me apresentarem 100 sugestões por dia e uma for válida, está o dia ganho. Daí, quantos mais formos, maior a percentagem de uma proposta/sugestão válida. Não esperem, conforme afirmei num dos post's, a crítica pela crítica. Não esperem o "politicamente correcto". Neste meio quando se crítica é a oposição a falar, se não se crítica é-se da "cor". Não há meio termo. Alerto já que a minha cor política é "cor de burro quando foge". Desculpem a brincadeira mas, quando me perguntam se tenho algum partido, costumo dizer: "já bati com a cabeça várias vezes na parede mas, que eu saiba, não tenho "nenhum" partido". O dificil está feito, vamos agora fazer o impossível.

domingo, junho 25, 2006

Hibridos

Há Rep. Checa, a Alemanha, a Espanha, a Itália, a Holanda, etc. O Japão, os E.U.A, o Togo. Não há o Portugal nem a Portugal. Não temos sexo, somos híbridos. Qual é o problema? Já os comemos na fase de grupos e nos oitavos. Agora que estamos no local ideal (os quartos) será que não a vamos comer? Mentes perversas, refiro-me à selecção inglesa.

sábado, junho 24, 2006

Que se faça justiça

Não concordei com o post "Vai uma pastilha para a azia" do(s) colega(s) de http://amicusficaria.blogspot.com/. Não refiro o nome do autor do post. Faço exclusivamente o link para o blog. Se há partilha de Blog, há partilha de ideias, apenas com as diferenças de personalidade de cada participante. A Democracia é bela, mas não vejo o Louçã a partilhar um blog com o Paulo Portas. E exerci o direito ao contraditório. Ou a memória é curta, ou trata-se de alguma questão de "partidarite aguda" ou é apenas desconhecimento de causa. Espero sinceramente (até porque o blog tem opiniões válidas e críticas concretas) que seja a última opção. Porque falar sem conhecimento de causa é desculpável. Sem perdão é crucificar os que, sem os meios actualmente existentes, muito da sua vida deram em prol desta cidade. E mais não digo, porque "não tenho desconhecimento de causa". Guardem a pastilha, pode vir a ser precisa.

Mais... do mesmo

Ontem à noite saí. Fui para a rua, juntei-me aos meus, ao Povo. Fui viver a noite de S. João. Por partes: visitei a, cada ano que passa, mais fraca "Feira de S.João" sem atractivos e/ou inovações. Sou sincero, preferia aquela dita, com "restaurantes" a assar frangos em "condições de higiene e de saúde pública precárias" conforme se diz hoje, do que uma coisinha sem sal, sem nexo, sem ordenamento, sem... nada. Morreu a tradição e nem funeral foi feito. Isto porque, durante mais 30 anos sempre comi um franguinho assado na Feira de São João (mal assado, sem tempero, mal servido) mas, naquela noite, Deus, sabia tão bem. Não morri por isso - e espero, por este "pecado", não estar condenado à imortalidade. Lembro-me ainda que, depois de uma noite bem passada, com as três melhores coisas que a vida nos reserva - um whisky antes e um cigarro depois - galgávamos km's para, às 5, 6, 7 da matina irmos comprar uns quantos frangos assados, à dita feira, para o pequeno almoço. Hoje? Umas farturitas, uns churros e é se tiveres sorte. Vou passar um abaixo assinado para que a Feira de São João regrida no tempo. Além disto, admito, a Entidade organizadora das Festas adquiriu uma excelente fotocopiadora: à 10 anos (pelo menos) que as Festas se limitam à cópia. É a Feira (está tudo dito), as marchas (em regressão ou evolução, dependendo do ponto de vista) ontem com representantes maioritariamente de fora do Concelho - faço um pequeno "interlúdio" e pergunto: porque é que o concelho com mais associativismo no País não consegue apresentar mais do que 4 marchas a concurso? Tem, por força, de ser inércia. De quem? Eles que ponham a "boca no tombone".Continuando. Dois, três palcos com conjuntos, de qualidade duvidosa mas excelentes para a quadra - voto de louvor. Marchas (já referidas), sem qualidade e sem culpa (as marchas de fora do concelho são totalmente "à borla" ou há despesas - deslocação, alimentação, outros? - que poderiam servir para apoiar as colectividades do Concelho? É por isto (e não só) que estou convicto que para o ano há mais... do mesmo. Sejam felizes.

sexta-feira, junho 23, 2006

Gostei, sinceramente, gostei

Acabo de assistir, na RTP1, à entrevista e declarações da Ministra da Educação. Gostei. Acho que pôs o dedo na ferida: dos professores, dos alunos e dos pais. E não falo de cor. Como sempre, falo de experiências próprias. Não invento. Acompanhei o meu filho, diáriamente, no seu percurso escolar. Alguém, dos críticos da Educação em Portugal, já passou, por exemplo, na João de Barros à hora de saída dos alunos? Talvez não, porque veriam carros parados em 2ª fila, na passadeira, a 10cm da passadeira, enfim, muito desgosto por não ser permitido que os carros entrem dentro da própria escola, de preferência à porta da sala de aula. Excelente exemplo de civismo, educação e respeito pelas Leis por parte da grande maioria dos Papás e Mamãs. É lógico que aquelas crianças, mais tarde, terão o mesmo procedimento - filho és, Pai serás... Presenciei, ao vivo, uma das cenas relatadas pela Ministra - uma mãe, junto da Directora de Turma, a reclamar porque a professora "chamou a atenção" do filho para uma atitude menos correcta (nem digo qual). Assim como presenciei uma mãe, perante as más notas do filho comentar: "Mais um ano que chumbas, não é? Ok, tudo bem." Se acham que isto é educar... Roubaram, na altura (já lá vão uns anos), uns ténis novos ao meu filho e surgiu um professor que tomou o caso em suas mãos. Conseguiu recuperar os ténis á custa de muitos problemas com os familiares do "pequeno delinquente", como se fosse o prof. o criminoso. Ao contrário de muitos "pseudo papás e mamãs" entendi (e entendo) que a educação de uma criança não é da exclusiva responsabilidade dos Pais. É da responsabilidade de todos os que convivem com a criança e a chamada de atenção, o "castigo", a lição surgem na hora perdendo-se (ganhando-se?) se preciso, várias horas a explicar à criança o porquê do "raspanete" ou do castigo (não estou a falar em pancada, Ok?). Estive uns meses de relações cortadas com o meu Pai - saudade - precisamente por isso. Porque não deu uma reprimenda no meu filho e esperou que eu chegasse para contar o que se passou. A responsabilidade pela educação era, na altura, dele. Deveria ter agido. Não agiu com receio da minha reacção. Assim como muitos prof's não agem (alguns, é verdade, querem apenas o cheque ao fim do mês) com medo da reacção dos "papás". Dos "papás que, muitas vezes, passam 2 horas por dia (se tanto) com os filhos e acham que são "pais (mães) perfeitos". Castiguei o meu filho quando ele já era "maior e vacinado" - quase 19 anos e por nada de grave. Acatou o castigo, no dia seguinte falou comigo, percebeu o porquê e tem esta saída "tens razão, sou novo, ainda estou a aprender". Tenho um sobrinho que é mais vezes "castigado" por mim que pelos Pais e, sou tão mau, que se o garoto pudesse, passava os dias comigo apesar dos "castigos e puxões de orelha". A educação de uma criança é um dever de todos: dos Pais (principalmente), dos avós, dos tios, dos cunhados, dos professores, dos explicadores, enfim, de todos os que convivem com a criança. Porque não dar um ralhete na hora por comodismo, porque daqui a 10 minutos a criança está na cama, vai para casa dos avós, para a escola ou outro lado qualquer, ou "porque hoje tive chatice no emprego e não estou para ouvir o meu filho chorar", não dá. São pais que, para não ouvirem o filho chorar por meia hora, invariavelmente, verão esse mesmo filho sofrer a vida inteira.

terça-feira, junho 20, 2006

Obrigado... mas não.

Já o disse: estou aberto a críticas e sugestões. Hoje recebi uma crítica - obrigado pelo alerta. Alguém gostou da introdução deste blog, mas achou que estava incompleto. Falta(va) lá alguém. Falo apenas no meu pai e no meu filho. Falo no meu pai com saudade (muita) - missing you. No meu filho - é um orgulho e ponto final paragrafo. Não falo na minha mãe. Não quero. Não quero falar dela porque falo com ela. Todos os dias. Continuo a sentir o cheiro dos seus cozinhados, a sentir aqueles sabores da infância, o carinho, o apoio, a alegria, enfim... o amor. O que eu daria para manter a introdução, tal como está, durante muitos e muitos anos.

Pintos da Costa

Há já uns anitos que ouço dizer que o Governo iria proibir o acasalamento de galinácios junto à Costa Portuguesa. Objectivo? Evitar o nascimento de mais "Pintos da Costa". Esta espécie já teve, verdade seja dita, os seus tempos áureos, concorde-se ou não. É o exemplo máximo, em Portugal, do lema "os fins justificam os meios". Recuando no tempo: O expoente máximo da espécie assumiu a presidência do FCP e inventou os "mouros". Daí até declarar guerra aos ditos, foi um passo. Surgiu a guerra "norte-sul". Como em qualquer guerra há que definir fronteiras. Estabeleceu-as, em plena TV pública: "a baixo do Douro são todos mouros". Organizou legionários e centuriões tal como os imperadores de Roma, denominando-os Super-Dragões. Dividiu um País. Muitos falam do very-light do Jamor. Demasiados esqueceram as horríveis imagens dos adeptos leoninos, nas imediações das Antas, a desfazerem-se de cachecóis, de camisolas, de tudo quanto os pudesse identificar como adeptos leoninos. Já lá vão uns anos, não me recordo de quantos adeptos do Sporting foram parar ao hospital esfaqueados. Não teve impacto nos media porque, felizmente, ninguém morreu. E agora sai-se com mais uma que até a própria comunicação social (em minúsculas porque mais não merecem), achou piada - Deco chegava e sobrava para ganhar a Angola e ao Irão. Se fossem o Vieira, o Soares Franco ou até o Presidente da nossa Naval já estavam cruxificados, queimados, criticados, vergastados e fustigados. No mínimo. Se eu estivesse no Poder, por um dia que fosse, as minhas primeiras medidas seriam conceder a independência ao "grandioso país dos dragões" e "à grande república das bananas da madeira", na pessoa dos seus mais dignitários representantes: o Jorge Nuno e o Alberto João, respectivamente.

segunda-feira, junho 19, 2006

A sério...

Somos conhecidos pelo País dos 3 F's. Fátima, Fado e Futebol. Porque mais País nenhum, no Mundo, tem Fátima e Fado. Futebol é universal. Ao assistir, há bem pouco, a uma reportagem na TV, apetece-me dizer que, afinal, não é o dinheiro que Governa o Mundo. É o futebol. Brasil, sem comentários: samba, futebol e está o povo alimentado. Em Espanha vendem-se carros para se assistir a um jogo do Mundial. Em França preferiram desviar o orçamento das férias para assistirem aos jogos. Na Alemanha, o preço de uma diária num quarto de uma simples pensão é o equivalente a um mês de salário no Togo - e eles estão lá. O simples "Portuga" faz 400 km ida (800 no total) por dia, para assistir a um simples treino da nossa selecção. Durante um mês não se fala (ou pouco se fala) nas favelas, na discriminação, na fome, no desemprego, na miséria. Se o futebol alimenta, sugere-se campeonatos do Mundo todos os meses. Morremos à míngua, mas morremos felizes.

Que saudades...

  Das mulheres de antigamente... Posted by Picasa

sábado, junho 17, 2006

Muito bom para bloggers... e não só

Há já uns dias que ando a experimentar um novo (para mim) programa para gestão/procura/armazenamento de imagens e, para quem tem milhares de imagens - jpg, tif, gif, bmp, etc - na máquina, como eu, recomendo vivamente. É fácil, é de borla, é um descanso. Basta fazer o download free, instalar, ordenar as fotos/imagens por temas, identificá-las e, em qualquer altura, voilá. Busca por Picasa no Google.

E estamos nos oitavos



Estamos nos oitavos. Não me apeteceu sair e assisti à quantidade de dislates que passaram pelo "Opinião Pública" da SIC Notícias. Críticas, críticas, críticas e pouco mais. E essas críticas incidiram, quase na totalidade, em Scolari e Cristiano Ronaldo. Ainda que mal pergunte: quantos portugueses sabiam o hino nacional antes da chegada de Scolari? A velha geração, que tinha de saber o hino de cor e salteado pois era obrigatório na escola primária. Quantos portugueses tinham orgulho no principal símbolo da Nação, a nossa Bandeira? Népia. Hoje temos bandeiras nos carros, nas janelas, nas varandas. Scolari tem, no mínimo, o mérito de ter renascido o orgulho de se ser português, de nos ter devolvido a auto-estima à muito perdida, de não termos vergonha de gritarmos bem alto o nome da mãe-pátria. Só por isto, obrigado Scolari. Quanto ao resto, se o seleccionador fosse português também estaria debaixo de fogo, também seria criticado, também seria posto de rastos. Os "velhos do Restelo" devem ter feito pacto com o Diabo e são imortais. E Cristiano Ronaldo? Foi criticado (e punido por Scolari tal como um pai castiga o filho quando este erra) por responder a "tackles" mais violentos, foi acusado de falta de experiência, foi acusado de egoísmo e há até quem defenda que não devia fazer parte dos seleccionados. Hoje vi um Cristiano Ronaldo mais evoluído, com fome de golos, com mais (ainda não o suficiente) sentido colectivo e, essencialmente, calmo quando sofreu (e foram alguns) "tackles" extremamente violentos. Os "críticos profissionais" não se aperceberam disto. E em vez da "palmadinha nas costas" e "bom trabalho" sempre moralizantes e pedagógicos, voltaram a criticar. Por criticar. Porque se não criticam destrutivamente, morrem.

sexta-feira, junho 16, 2006

Notícia de última hora


Os bombeiros portugueses receberam, recentemente, os mais modernos meios de combate a incêndios, encontrando-se extremamente bem equipados para este quente Verão que se aproxima.

O verdadeiro leão d'Alvalade?

 
Terá sido esta imagem tirada em Alvalade? Ou é apenas promoção à velhinha música dos "Trabalhadores do Comércio" - 'tá caladinho ou levas no..." Posted by Picasa

quarta-feira, junho 14, 2006

Crítica(s)

Criticicar é fácil. Todos nós criticamos. Tudo depende da crítica. Criticamos a politica e a politiquice, criticamos as opções do seleccionador de futebol, criticamos as GOP, criticamos as actuações, criticamos... tudo. É o nosso fado. Criticar é um direito adquirido. Agimos? Bom, aí já a questão é outra. Não agimos porque estamos na oposição, não agimos porque sofremos de inércia, não agimos porque não nos apetece, não agimos porque achamos que não nos compete. Já o disse e repito: a crítica construtiva deve ser sempre exercida e bem recebida. A crítica destrutiva ou a crítica pela crítica de nada serve. Nada resolve, em nada nos beneficia. Vem isto a propósito de uma situação que presenciei. Estranhamente (ou talvez não), surgiu um buraco mesmo no meio da faixa de rodagem. Vários "técnicos", vários críticos, vários maldizentes, tudo de comum acordo: é uma vergonha. Por mim questionados se já tinham alertado as entidades competentes, a resposta foi unânime: Eu? Não tenho nenhuma obrigação. Eles ganham para isso mesmo. Resumindo: Devem as empresas, as autarquias, o estado, quando abrirem concurso para admissão de pessoal pôr, como condição principal, os dotes de advinho. Porque o cidadão nunca alerta, limita-se a criticar.

sábado, junho 10, 2006

Imagine

Há quem Aqui nunca tenha ouvido falar de John Lennon. Melhor, de braços abertos, preparemo-nos para receber uns largos milhares de "portugas" emigrados na américas. Se é para uns... Mais, quantos jogadores - e ex-jogadores - não nascidos em Portugal nos glorificaram? Dezenas. Escandalo é publicar-se estas "notícias". Quando o correcto seria o desprezo.







Imagine

Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...

Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...


Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the people
Sharing all the world...


You may say I'm a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one

quarta-feira, junho 07, 2006

Palavras para quê...


É de, certeza, um artista português.

segunda-feira, junho 05, 2006

Please...?

Buraco 3


Finalmente recuperei o cabo. Aqui está a foto do meu buraco. Digam lá que não está lindo. E já tem 3 mesitos. A quem de direito. Morada: Passeio Inf. D. Henrique, passeio do lado do jardim, ali bem pertinho do Tribunal.

Pensamentos felizes

Obrigado pelo alerta. Não fico incomodado com sugestões e/ou críticas construtivas, pelo contrário, são sempre bem vindas. A polémica que por aí anda é, no mínimo, mesquinha. Muitos dos que criticam, olhando as suas escritas apenas em busca do perfeccionismo da Língua Portuguesa, apresentam telhados de vidro. Muitos do erros que se cometem não são por desconhecimento ou analfabetismo. São, como no meu caso, por desleixo, por escrever espontaneamente e não fazer revisão dos textos. Também não ligo muito a isso. Errar é humano e, quando se deixa de errar, passamos a máquinas. Frias e sem sentimentos. Mais do criticar há que louvar os que, apesar de pouca instrução, mostram inconformismo e dizem o que lhes vai na alma, mostram coragem de entrar num "mundo" onde proliferam os "intelectuais de ar estafado". Aos primeiros há que ajudá-los corrigindo, de forma construtiva, os seus erros. Ao segundos: desprezo. A atitude foi a correcta, por isso, mais uma vez obrigado.

sábado, junho 03, 2006

Contradições


Porque carga d'água um lampião "super-assumido" - com muito gosto - escolhe um template verde. A rever.

O Buraco 2

Encontrei-me hoje com o "buraco". Está mais contente. Pelo menos, disse, "houve alguém que teve a amabilidade de colocar um sinal de trânsito". É verdade, lá estava o dito, mas... estreitamento de via? Num passeio? Bom, não comentei porque ele estava feliz. Ao fim de quase 3 meses alguém tinha olhado para ele.
Não se incomodou com as fotos que, entretanto, eu tirava. Fotos que não posso mostrar. Já o meu falecido pai dizia "quem empresta não melhora" e eu emprestei o cabo de conexão do tlm ao PC. As fotografias estão lá não as possos é sacar. Ficam, no entanto, excertos da entrevista:

PG - Feliz por se encontrar em zona VIP?
Buraco - Nem por isso. Estou aqui quase há 3 meses e ninguém me liga.
PG - Será possível?
Buraco - Pois. Todos me olham com algum desprezo. Não é para menos, nasci quase em frente ao Tribunal. Ao princípio, talvez como prenda por ter nascido, ornamentaram-me com uma fita vermelha e branca muito bonita. Mas desapareceu, já nada tenho.
PG - Morar junto ao Tribunal já dá para algum entretenimento. Pelo menos vê quem passa.
Buraco - Não propriamente. É que nós, a família dos Buracos, nascemos com uma perspectiva de vida muito curta. Eu já duro, como disse, há quase 3 meses. Estou cansado. Estou velho. Sei que sou um estorvo para os que aqui passam. Não quero isso. Neste momento vivo na expectativa que surja alguém que acabe comigo.
PG - Suspira pela eutanásia, é isso?
Buraco - Já vivi tanto tempo que sei que é esse o nome que dão a "à cura" de quem sofre enquanto vive. É isso, espero a eutanásia.
PG - Já falou com o seu "pai"?
Buraco - Pouco conheço do meu "pai". Sei apenas que, de 2 em 2 meses, envia cartas aos figueirenses a solicitar que contribuam para a qualidade da água e um bom saneamento, nada mais sei. Gostava de ficar sozinho com a minha mágoa, importa-se?

sexta-feira, junho 02, 2006



Para os não figueirenses ou até para os figueirenses mais jovens, Pateo das Galinhas nada diz, não existe. Não pretendo utilizar termos de "tias". Pretendo dar a conhecer uma imagem simplista da Figueira de há muitos anos, mas que fazia furor e era, inclusivamente, digno de "escaparates" no "Palhinhas" (alguém se lembra?). O palavreado pode não ser o mais púdico (por favor, fechem os olhos) mas são cenas verídicas que se passaram no "Pateo das Galinhas". Para quem não sabe (ou já esqueceu) o "Pateo" era o que hoje é considerado o hall de entrada do Casino. Era uma esplanada de café, a céu aberto, ponto de reunião da society figueirense da altura. "Das Galinhas" (as senhoras que me desculpem),porque apenas se ouvia o "cacarejar" das ditas.
O ponto alto da noite era a entrada das, na altura, denominadas Coristas.
Diz a "lenda" que numa dessas noites entrou uma "corista" com um belíssimo casaco de peles, que imediatamente deu azo a comentários:
Dizia um: Vês, um autêntico casaco de peles do Canadá.
Resposta imediata: Enganas-te, aquilo é um genuíno casaco de peles do Conadá.

quinta-feira, junho 01, 2006

Buraco

Gaita. Esqueci-me do buraco. E digo gaita porque é um buraco digno disso mesmo. Estou inclusivamente a imaginar um grupo de gaiteiros, de gaita na mão, à volta do buraco. Não pensem que é um buraco qualquer. Cá para mim, tem daquelas pilhas do anúncio publicitário: e dura... e dura... Tinha combinado, para hoje, uma pequena conversa com o buraco que ficou de me contar a "estória" da sua vida que, segundo o próprio, já é longa. Gaita, esqueci-me (logo eu que adoro buracos). Não sei se ele gosta de ser fotografado, mas caso não se importe, amanhã, se não esquecer, mostro o meu buraco.

Sou novo. A juventude dá azo a algumas irreverências. Sou novo, mas só nestas lides. Nada me move contra ninguém, tudo me move contra todos. A crítica (quando surgir) será sempre construtiva e para bem de uma cidade que já foi "governada" pelo Pateo das Galinhas. Sou novo mas sinto saudades. Do velhinho "Picadeiro" a abarrotar de gente - onde nós, os jovens de outrora - aproveitávamos para, no meio da confusão, meter a mão, "apalpar" a fruta sem nos sujeitarmos a um valente lapadão. Lembram-se? São sonhos, lembranças que teimam em surgir quando julgo estar na paz dos anjos, deitado na minha cama, não nos braços de Morpheus mas nos braços daquela garina que, pela primeira vez, me mostrou o caminho do Céu.