terça-feira, junho 20, 2006

Pintos da Costa

Há já uns anitos que ouço dizer que o Governo iria proibir o acasalamento de galinácios junto à Costa Portuguesa. Objectivo? Evitar o nascimento de mais "Pintos da Costa". Esta espécie já teve, verdade seja dita, os seus tempos áureos, concorde-se ou não. É o exemplo máximo, em Portugal, do lema "os fins justificam os meios". Recuando no tempo: O expoente máximo da espécie assumiu a presidência do FCP e inventou os "mouros". Daí até declarar guerra aos ditos, foi um passo. Surgiu a guerra "norte-sul". Como em qualquer guerra há que definir fronteiras. Estabeleceu-as, em plena TV pública: "a baixo do Douro são todos mouros". Organizou legionários e centuriões tal como os imperadores de Roma, denominando-os Super-Dragões. Dividiu um País. Muitos falam do very-light do Jamor. Demasiados esqueceram as horríveis imagens dos adeptos leoninos, nas imediações das Antas, a desfazerem-se de cachecóis, de camisolas, de tudo quanto os pudesse identificar como adeptos leoninos. Já lá vão uns anos, não me recordo de quantos adeptos do Sporting foram parar ao hospital esfaqueados. Não teve impacto nos media porque, felizmente, ninguém morreu. E agora sai-se com mais uma que até a própria comunicação social (em minúsculas porque mais não merecem), achou piada - Deco chegava e sobrava para ganhar a Angola e ao Irão. Se fossem o Vieira, o Soares Franco ou até o Presidente da nossa Naval já estavam cruxificados, queimados, criticados, vergastados e fustigados. No mínimo. Se eu estivesse no Poder, por um dia que fosse, as minhas primeiras medidas seriam conceder a independência ao "grandioso país dos dragões" e "à grande república das bananas da madeira", na pessoa dos seus mais dignitários representantes: o Jorge Nuno e o Alberto João, respectivamente.

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