domingo, julho 30, 2006

Meu Pai - Take 4: Pedidos de ajuda

É sempre grato saber que alguém que nos foi (é) querido não está esquecido. Não agradeci (peço desculpa) a Aníbal José de Matos ter-se lembrado de uma pessoa tão simples e humilde como foi meu Pai. Efeitos de ter, ao "folhear" os blogs, encontrado alguém que se lembrava de meu Pai. A emoção toldou-me a razão. Agradeço agora na esperança de não ser tarde. Ao pedido que faz, solicitando "mais informações sobre o artista", não está fácil. Também me estou a sentir impotente para conseguir documentar a vida de meu Pai, estando, neste momento, limitado a alguns trabalhos (poucos) de que possuo documentação que estou, aos poucos, a informatizar para não se perderem. Tenho "esboços" dos quais já apresentei o "Mercado 1993". Tenho algumas fotos e apenas um dos muitos "recortes" de jornais com notícias dos seus trabalhos e entrevistas. Trata-se do "Mar Alto" publicado em 6 de Julho de 1966. Ainda não digitalizei este documento. A seu tempo. Outros existem (será que ainda existem?) publicados em jornais nacionais (JN,DN, CP...). Há já uns largos anos, outro ilustre figueirense solicitou a meu Pai toda a documentação de que dispunha para, segundo o próprio, lançar um projecto sobre a vida dos artistas figueirenses. O meu Pai tudo lhe deu, ficou sem nada. O projecto não foi realizado, os documentos nunca foram devolvidos (apesar de várias insistências), a pessoa faleceu. Considero que perdi parte da minha vida com o desaparecimento daqueles documentos, entre os quais, cartas dos 4 continentes do Mundo com solicitações de trabalhos de meu Pai. Daí, até eu pedir ajuda: quem possuir tabalhos de Levy envie-me a respectiva imagem. Há muitos, realizados quando eu já tinha consciência da vida, que sei que existem, nomeadamente As Salineiras, A Traineira, o Remo, Manuel Fernandes Thomaz - pinturas de grandes dimensões realizadas, respectivamente, para o "Arnaldo" (quem se lembra, no Bairro Novo), Restaurante Traineira, Café Remo, Sala de Estudos Manuel Fernandes Thomaz. Outros haverá dos quais não tenho recordações.

Meu Pai - Take 3: os bonecos

Não estava previsto, para breve, a publicação dos "bonecos", mas na habitual passagem de olhos pelos blogs figueirenses, deparei-me com 2 post's sobre meu pai. Foi no Presente, de Aníbal José de Matos. 1 ilustrado com uma foto de bonecos da autoria de meu Pai, outro solicitando mais informações sobre o artista. Essas informações são, como afirmei, uma das razões da existência deste blog: divulgação dos trabalhos de meu Pai. Para já, direi que nasceu na Figueira a 17 de Fevereiro de 1926. Trabalhou em diversas áreas ligadas com a arte como, por exemplo, cenarista, caricaturista, pintor, artesão... faleceu em 2000. Publico a foto dos bonecos (gentilmente sacada a Presente) bem como foto da 1ª geração dos mesmos, ainda recortados e não torneados. De salientar que a colecção de bonecos é bem mais completa.




sábado, julho 29, 2006

Quando estiver para o abandonar, olhe-o nos olhos...

Ela não sabe, mas nunca será abandonada

Perdidamente apaixonado pela loiraça do meu filho

Pois. Eu sei que um pai apaixonar-se pela "miúda" do filho é grave. Mais ainda tendo em conta que ainda não atingiu a maioridade, vai fazer 5 meses. Mas a vida é assim. Não resisti áqueles olhares meigos, ao seu permanente medo de tudo e todos, á confiança em mim para a proteger de todos os males e perigos, aos seus beijos, á alegria com que me recebe. É um amor até que a morte nos separe. Eu sei que ela nunca nos abandonará. Ela não sabe, mas nunca será abandonada.


Kiara - a "loiraça" (Golden Retriever pura)

sexta-feira, julho 28, 2006

Mercado da Figueira 1993


Meu Pai - Take 2: Amava a Figueira. Revoltava-se com, nas suas palavras " os canalhas que querem destruir o que de belo existe". Foi o ano em que se constou que o Mercado iria desaparecer, para dar lugar a um edifício "bem avantajado", mudando o dito alí para os lados das Abadias. Um lápis, uma pequena folha de papel em branco e, em 5 minutos eternizou aquilo que considerava "um crime" ir abaixo.

quarta-feira, julho 26, 2006

Mas que porra é esta?

Segundo se pode ler em "o Jogo" online “O incidente e pedido de suspeição, nos termos legais, tem efeitos suspensivos, devendo ocorrer de imediato a suspensão de toda a actividade do presidente da AG da Liga, não podendo praticar quaisquer actos no procedimento em curso, designadamente deve abster-se de nomear quaisquer membros para a Comissão Disciplinar (CD) da Liga”, lê-se no comunicado. Isto a respeito do caso Mateus (já não vale a pena falar no "Apito Dourado" que (aposto) vai prescrever. Então em Itália resolvem com limpeza e rapidez um caso complicado de corrupção e, em Portugal, um simples caso de falha (asneira, lapso, erro - chamam-lhe o que quiserem) burocrática dá nisto? Será que saber se Mateus foi (ou não) bem inscrito é tão difícil de descobrir? Será que vai dar (como já se fala) a um alargamento da 1ª Liga do Campeonato Português (logo agora que foi "encolhido"), ou seja a contento de todos? Será que as nossas leis estão "tão bem concebidas" que permitem vários tipos de interpretação permitindo recurso atrás de recurso para, finalmente, dar em nada? Estou "piurso". Uns fazem merda e quem ajuíza é que é suspenso. Porra para isto...

terça-feira, julho 25, 2006

E esta, hein?

Por este andar deixará de haver dinheiro para as reformas bem mais cedo do que aquilo que apregoam. Não acreditam? Confiram Aqui

domingo, julho 23, 2006

P.D.I.


Ninguém está livre, chega a todos. Para alguns é a Porra Da Idade, para outros a P... Da Idade :) Seja o que cada um quiser. Para mim é DOCT, ou descodificando: Dói-me O Corpo Todo. Ontem resolvi rejuvenescer, fui até Milagres (talvez à espera de um), vesti o fato treino, coloquei o capacete e sentei-me em cima de 250 cc. Aguentei as 15 voltas para estabelecimento da "pole" e mais 10 voltas da 1ª manga. Depois a coluna estoirou: a filha de uma senhora mal comportada - a minha hérnia - não deu para mais. Não desisto. Já me tinha esquecido da adrenalina, do cansaço, do esforço, do prazer. E que bem me soube. Na próxima lá estarei, mas "completamente ligado", tipo múmia. A hérnia não me vai deixar ficar mal novamente. E a vingança vai ser terrível... não irei permitir a ninguém que me roube o último lugar :D

quarta-feira, julho 19, 2006

Estou revoltado

Durante 4 (longos) meses falei no "buraco". Em vão. Logo quando aposto que o dito se vai aguentar até ao final do verão, ele desaparece. Taparam-no, fizeram-no sumir do mapa precisamente no momento em que me foi garantido que era uma tentativa (muito séria), por parte das Águas da Figueira, SA, para constarem no "Guiness Book" como a empresa que demorou mais tempo a tapar um buraco. Enfim, não vale a pena apostar. Nem no "Euromilhões". Os "gajos" nunca acertam com o meu palpite.

Impune

Escapou à justiça humana (alguém saberá porquê). Aqui não escapou à justiça divina. Paz à sua alma.

Truques... ou dicas

Acho que já aconteceu a quase todos nós: dar um banho no telemóvel. Eu, há uns tempos ia a sair do carro, escapou-se da mão (devia tê-lo processado) e tufa... em cheio na poça de água. Tenho conhecimento (noblesse oblige) de que já cairam em baldes de água, na piscina e, imaginem só, em sanitas. Mas quem é que leva um tlm para o "escritório"? Ainda se fosse o jornal... Bom, nem tudo está perdido: 1º - não liguem o tlm. 2º - retirem imediatamente a bateria, o cartão Sim e o cartão de memória (caso tenha). Peguem em todos os componentes (tlm, bateria e cartões) e coloquem, durante 2/3 dias dentro de um frasco que contenha arroz e, voilá, o telemóvel a funcionar como se nada tivesse acontecido. Resulta em 95% dos casos. Porquê? Comprovado cientificamente: nada melhor para absorver a humidade que o arroz. (Letrinhas pequeninas do contrato: não aceito reclamações no caso de não resultar). Passem bem e, pelo menos, experimentem. NOTA: Um dos que o deixou cair no "escritório" foi o meu descendente. Já me estava a ver a gastar parte do subsídio de férias, na reposição do equipamento. Só que o "puto" (22 anos) lembrou-se do que o "cota" lhe ensinou e, passados dois dias, tem o Nokia 6600 a funcionar como novo... Ou seja, o dito é mesmo, o cheiro é que é diferente.( lol)

domingo, julho 16, 2006

Atropelamentos





Em menos de 15 dias houve, cá no burgo, 2 atropelamentos em passadeiras: 1 em Buarcos e outro junto à Câmara. E não estou admirado com tal facto, estou sim surpreso por mais não terem acontecido. Na Figueira não se cumpre a regra do 5 metros antes da passadeira, é o vale tudo. Quem circula, só se apercebe do peão quando este já está a meio da passadeira. Atentem nas fotos, tiradas hoje, Domingo, às 08h30 da manha!!! E não tirei fotos a todas as situações que encontrei. Se áquela hora da manhã, com pouca gente ainda na rua era assim, imagino o que será lá mais para a hora de almoço. E as autoridades andam aonde?

sábado, julho 15, 2006

Começa hoje


A apresentação de alguns trabalhos de meu Pai. Poderá parecer irónico começar pelo último que a saúde lhe permitiu idealizar e fazer: um carro de carnaval para a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Não é tão irónico se se tiver em conta algumas "atitudes". Tive participação activa e orgulhosa neste trabalho. Foi um trabalho sob pressão, rodeado de "estórias", de boicotes (a ideia de meu pai superou a proposta apresentada por um "lobbie") de que apenas os envolvidos se lembrariam - paz à sua alma. Mas o carro desfilou para orgulho de todos nós: os filhos - do mais velho (descansa em paz), do João (o do meio) e de mim; da minha "velhota" que também trabalhou e não tão pouco como isso; do falecido Zé Lopes e os seus "bigodes em papel de alumínio colados com cola de contacto". O que consta da imagem foi o resultado de uma semana!!!! de trabalho. Árduo, bem árduo, com muito poucas horas de sono. Até os figurantes eram (são) da família: olá Pedro, olá Diana. Conseguimos.

sexta-feira, julho 14, 2006

Enganei-me

Sempre pensei que Portugal estava na cauda da Europa. Não está. É extremamente reconfortante saber que, em Itália, os clubes envolvidos no "calciocaos" seguiram o exemplo dos clubes portugueses envolvidos no "Apito Dourado", ou seja, vão contestar a decisão do Tribunal. Com a vantagem no "timing". Enquanto o "calciocaos" tem episódios diários há já uns anos, a justiça portuguesa levou o caso do "Apito Dourado" à barra do Tribunal em poucas semanas. Eles (os italianos) que fiquem com o título de Campeões do Mundo de Futebol. O Campeonato Mundial da Justiça é nosso.

quinta-feira, julho 13, 2006

É terrível


ter de, com este calor, trabalhar com vistas directas para o paraíso. O que eu sofro e os sacrifícios porque passo.

quarta-feira, julho 12, 2006

Relíquia?



Será que estou na posse de uma relíquia? Isto a propósito da morte de Syd Barret. Fã incondicional dos Pink Floyd (chegava ao ponto de reservar, com mais de um ano de antecedência, o novo LP do grupo - tempos difíceis). Doido pelo experimental "Umagumma", convertido ao surrealismo das letras de "Dark side of the Moon", tendo, como climax, a fabulosa faixa "Us and them". Fui recordar a colecção de vinil que possuo - Relics, Meddle, Obscured by the clouds, The piper of the gates of down, A soucerful of Secrets, Animals, Wish you were here, The Wall..., para além dos atrás mencionados. Fui ao "fan-zone" dos PF, percorri vários sites relacionados com os Pink Floyd. Será alucinação minha ou sou o único que tem conhecimento da publicação do LP "Masters of Rock". Do qual sou um feliz proprietário. É, verdade seja dita, o descalabro. Temos David Gilmour, Nick Mason, Richard Wright e Roger Waters numa performance Rock pesado "da altura". Can you believe it?

Regredir, evoluindo

Penitencio-me. Há anos que não compro um livro. Há anos que não leio um livro. Facto: tive, recentemente, um pequeno "susto". Diminuí o tabaco, comecei a dar uns "passeiozitos" a pé, reduzi o tempo à frente de um monitor. Mas qu'é q'eu faço agora sem PC? Olhei para a estante dos VHS/DVD's.... naaahh, não m'apetece. Percorri a biblioteca. Estou a ler, ou melhor, a reler. Para já "O Cerebro de Broca", de Carl Sagan. É como coçar, o mal é começar. Vou reler, do mesmo autor, "Os Dragões de Éden"( Prémio Pullitzer para literatura 1978), "Cosmos", "Cometa" e "Contacto". Aviso: apenas para mentalidades abertas... dos 8 aos 80 anos.

segunda-feira, julho 10, 2006

Haja vergonha

Pelo que leio Aqui talvez se pudesse poupar uns "troquitos" mandando esta gente trabalhar ou então para as listas de excedentários ou de mobilidade. Pelos vistos criticar o patrão é tão rentável como ser político. Paga Zé!

Um silêncio ensurdecedor

ou a razão do meu silêncio: "Agora as sereias possuem uma arma ainda mais mortal do que a sua canção, nomeadamente o seu silêncio (...) É possível que alguém tenha escapado do seu canto; mas, do seu silêncio, nunca ninguém escapará." (Franz Kafka - Parábolas)

sábado, julho 08, 2006

I Have a dream


Há um mês que ando nas nuvens. Há um mês que um sonho me persegue todas as noites, todos os dias. Um sonho que não me larga a dormir, acordado. O sonho de ser o melhor. Voltei à realidade: não sou o melhor. Mas sou dos melhores apesar de ser o mais pequenino. E por isso, amanhã, ficarei por aqui, por este "jardim à beira-mar plantado". O meu sonho, esse irá vabagundear Mundo fora, de peito cheio, cabeça levantada, mostrando o orgulho, a raça, o querer. Onde quer que esteja um Português.

terça-feira, julho 04, 2006

A verdadeira paragem


Como a foto documenta esta é a verdadeira paragem. É permitido parar tudo, menos o que consta na placa assinalada a vermelho: o autocarro. É uma carroça, carro de mão, atrelado, carreta, não sei qual o termo técnico que designa aquilo, ali presente o dia inteiro. É sucata (ou velharia digna da Feira que ali perto se realiza mensalmente). São veículos ligeiros (alguns com ticket de estacionamento, como se valesse de alguma coisa). Mais à frente, no Mercado, são já notórios os estacionamentos em segunda fila, especialmente ao Sábado. E o Agosto está próximo. O caos no local também.
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Pára a carroça na Paragem,
Pára a sucata, pára o carro,
Pára o Autocarro na faixa de rodagem,
Pára o trânsito atrás do autocarro.
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domingo, julho 02, 2006

Predadores

Somos, de facto, o exemplo acabado do predador por excelência. Não me refiro ao português, mas ao ser humano. Acabo de saber, via televisão, que teve lugar, em Moita, uma tourada de solidariedade para com Pedrito de Portugal. Porquê? Porque em 2001 entendeu que deveria haver touros de morte. Matou e conseguiu uma coima de 100.000€. Respeito quem assim pensa. Respeitar não quer dizer que concorde. Porque se é tradição matar toiros, regressemos aos tempos das arenas romanas, aos gladiadores, aos escravos que lutavam (e morriam) para gáudio de meia duzia. Porque tinham uma perspectiva (muita vaga) de liberdade e independência. Não me incomoda a morte de uma vaca, de um boi, de uma galinha, de um perú. Como não me incomoda ver uma tubarão atacar, um leão dilacerar, um abutre à espera de alimentação. A única diferença é que, enquanto o humano mata para gáudio de meia dúzia, as "bestas" matam pela alimentação. Estamos no topo da pirâmide da cadeia alimentar. Será que precisamos do resto?